Sabe o juiz que concedeu liminar esta semana para que psicólogos possam exercer a "cura gay"? Pois bem, começam a chegar informações sobre ele.
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Ex-estudantes da Universidade de Brasília (UnB) contaram que não se surpreenderam com o comportamento do juiz federal Waldermar Cláudio de Carvalho, que foi professor de Direito na instituição.
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Uma ex-aluna, que não quis se identificar, alegou que tratamentos, avaliações e notas para mulheres e homossexuais eram diferentes dos dos demais. "Sempre vinha com comentários que reduziam assuntos relacionados à homofobia e ao feminicídio. Era desagradável ter aulas com ele. No antigo grupo da sala todo mundo comentou sobre a liminar, todos indignados, mas não surpresos", observou a moça ao Correio Braziliense.
Outro ex-aluno parou de fazer a matéria ministrada pelo juiz por causa de suas posições extremas em relação a ditadura, homofobia e machismo. "Em alguns trabalhos que debatíamos temas escolhidos por nós, os relacionados ao combate à homofobia, ao machismo ou a questão de minorias eram barrados por ele por não serem pertinentes para se debater dentro das perspectivas do direito", contou.
Carvalho atendeu ao pedido da psicóloga Rozangela Alves Justino, que moveu ação contra a Resolução 001/1999 do Conselho Federal de Psicologia (CFP), que não permite que seus profissionais ofereçam qualquer tipo de tratamento ou ajuda psicológica a homossexuais para reorientação sexual, já que desde 1990 a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a homossexualidade de sua lista de doenças.