O ano começou bem para o cinema LGBT brasileiro. Representantes do País levaram os dois principais prêmios do Teddy Award - honraria às melhores produções de temática LGBT - no 68º Festival de Berlim.
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Tinta Bruta, dos gaúchos Filipe Matzembacher e Marcio Reolon, foi eleito melhor ficção do ano. O longa trata de um jovem, GarotoNeon (Shico Menegat), que se mostra pela web cam pintado com cores fluorescentes. Certo dia, ele descobre que um outro rapaz (Bruno Fagundes) o copia e os dois se envolvem.
O longa acaba de ganhar o primeiro teaser (assista abaixo). Matzembacher e Reolon já haviam apresentado seu filme de estreia, Beira-Mar (também sobre LGBT), em 2015, no festival, mas saíram sem prêmios.
Com foco na rapper Linn da Quebrada, Bixa Travesty faturou o Teddy de melhor documentário. A própria artista assina o roteiro da produção dirigida por Kiko Goifman e Claudia Priscila (que já dirigiram Olhe pra Mim de Novo, de 2012, sobre um homem transexual).
Esta é a primeira vez que o Brasil ganha dois prêmios Teddy na mesma edição do festival. Em 2014, o longa Hoje Eu Quero Voltar Sozinho, de Daniel Ribeiro, venceu como melhor ficção. Em 2016, Mãe Só Há Uma, de Anna Muylaert, ganhou o prêmio da revista LGBT alemã Manner.
O prêmio LGBT existe em Berlim desde 1987, quando foi dado a A Lei do Desejo, de Pedro Almodóvar. Outros grandes filmes que já receberam a honraria foram Hedwig - Rock, Amor e Traição (2001), Minhas Mães e Meu Pai (2010) e Uma Mulher Fantástica (2017).
Os principais prêmios do festival serão anunciados neste sábado 24.