Quem move o sexto país mais populoso do mundo? O maior da América Latina? A segunda nação com mais direitos para LGBT? A 12ª economia do globo e uma dos mais desiguais social e economicamente?
Uma certeza é que há muitas pessoas LGBT dentre quem contribui para as conquistas, enfrenta os desafios e até mesmo poder ser responsável pelos percalços
Para registrar a história atual e estabelecer um farol de representatividade, o Guia Gay, com sua rede de cinco sites em cinco cidades, realiza, pelo quarto ano consecutivo, a lista 50 LGBT Mais Influentes do Brasil.
Na elaboração, foram analisadas as trajetórias em 2021 de cerca de 450 figuras públicas. Ao longo do ano, houve acréscimos tanto de pessoas LGBT que ganharam espaço social quanto por outras que já com relevância e/ou visibilidade revelaram ser homo, bi ou trans.
Ao fim, tem-se, sem julgamento de valor sobre suas ações, lista de personalidades de áreas as mais diversas, tais como jornalismo, política, entretenimento, economia, ativismo, música e mídias sociais.
Não se trata de ranking de fama. Lida-se realmente com influência, na qual ser conhecido é um dos elementos de análise, mas não o único.
Em uma reunião entre duas pessoas em importante gabinete político ou grande empresa, por exemplo, pode-se impactar muito mais rumos da sociedade ou a vida de indivíduos que milhões de views em um stories. E, ao mesmo, tempo, um vídeo no Tik Tok ou fala na TV pode carregar as duas características.
A história do Brasil é feita a cada segundo. E há arco-íris em cada um deles!
10º - Leo Dias
Em uma época em que cada vez mais anônimos se tornam celebridades, jornalistas deste segmento têm muito o que falar. Mas ninguém reverbera mais que Leo Dias.
Após passar por vários grupos de mídia em pouco tempo, o jornalista firmou-se no Metrópoles e tornou-se ainda mais referência para os novos comunicadores da área.
9º - Luísa Sonza
Em 2021, Luísa passou a pertencer ao primeiro time de estrelas da música com seu segundo álbum, Doce 22, que bateu recordes em plataformas de streaming.
Ela revelou ser bissexual ao lançar clipe "quente" com Carol Biazin e foi destaque em todas as mídias quando foi atacada injustamente por problemas médicos envolvendo relacionamento do seu ex, Whindersson Nunes.
8º - Renata Affonso
Troca de comando em 2021 na CNN Brasil fez a executiva tornar-se CEO do canal de notícias, que é multiplataforma e tem cerca de 800 funcionários.
Com significativa carreira em TV e formação no Brasil e no exterior, Renata tem papel relevante na opinião pública devido à natureza da companhia e tem conseguido influenciar inclusive emissoras concorrentes na forma de fazer jornalismo.
7º - Preta Gil
Já percebeu que muitos dos perfis de fofocas no Instagram falam de uma pessoa simultaneamente mesmo sem a imprensa tocar no assunto? Não é coincidência. Muitos deles estão unidos por serem gerenciados pela Mynd8, que tem a empresária como uma das responsáveis.
Seu poder é impactante. Além de artistas tais como Pabllo Vittar, Luan Santana e Luísa Sonza, a agência tem em sua responsabilidade muitos dos principais influenciadores brasileiros, a exemplo de Gkay, Lorena Improta, Lucas Netto, Matheus Mazzafera e Pequena Lo, e os perfis Fofoquei, Choquei, Gina Indelicada, Gossip do Dia e Rainha Matos. Basta uma ordem da agência para algum fato ou pessoa conseguir repercussão maior que a dada pela audiência da maioria dos canais de TV aberta.
6º - Paulo Gustavo
Referência no humor, Paulo Gustavo teve seu calvário contra a covid-19 acompanhado por todo o Brasil e sua morte lamentada em mercados populares e bairros de elite, na internet e no Congresso Nacional.
Com a repercussão, naturalizou-se a expressão "marido" na imprensa para se referir a Thales Bretas, hoje, seu viúvo. Tornou-se nome de rua, ganhou estátua, virou alcunha de lei federal. Reafirmou o fato de ser um dos maiores nomes do humor do País.
5º - Eduardo Leite
Ao, este ano, revelar ser gay, tornou-se o primeiro governador assumidamente homossexual da história do Brasil.
À frente de um dos Estados mais ricos do País, o Rio Grande do Sul, teve projeção nacional também ao disputar o direito de ser pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB. Perdeu a disputa, mas ainda não está totalmente fora dos cenários das eleições para 2022.
4º - Fabiano Contarato
O primeiro e único senador gay do Brasil ganhou destaque na CPI da Covid, foi coordenador da frente ambientalista na casa alta legislativa e reforçou seu nome como referência em defesa de direitos LGBT no Congresso Nacional.
Termina o ano fora da Rede Sustentabilidade e com ficha de filiação ao PT com possibilidade de ser candidato a governador do Espírito Santo.
3º - Pabllo Vittar
Um grande ano para a drag queen mais seguida no Instagram no planeta. Pabllo lançou parcerias com nomes internacionais, tais como Lauren Jauregui, Marina Diamondis e Lady Gaga, e virou nome de fóssil de aranha.
A cantora passou a ser garota propaganda do Youtube Shorts e aumentou seus domínios nas rádios e plataformas de streaming com o quarto álbum, Batidão Tropical, com foco no forró e no brega, o que marcou retorno às suas origens musicais.
2º - Anitta
Ter começado o ano como a primeira brasileira a cantar no réveillon de Nova York já mostrava como Anitta iria reverberar em 2021.
Foi citada como uma das 100 líderes globais para o futuro pela revista Time, viralizou com a foto de lançamento de Girl from Rio, entrou para o conselho de administração do Nubank e continuou a falar abertamente sobre temas polêmicos, tais como sexualidade, cirurgia plástica e política, o que a fez pautar debates na imprensa e sociedade.
1º - Gil do Vigor
O ano de 2021 foi, apesar de muitos pesares, vigoroso. Essa vivacidade teve como um dos maiores responsáveis um economista pernambucano que lutou muito para se formar, digladiou-se contra si mesmo e o mundo para se aceitar como gay e mostrou-se como fúria bufa no principal reality show do Brasil, o Big Brother Brasil.
Não ficou sequer entre os três primeiros colocados. Seu trono era outro. Foi garoto-propaganda de grandes marcas, ganhou documentário sobre sua ida aos Estados Unidos para terminar os estudos, passou a ter coluna no programa Mais Você, é um dos Homens do Ano em escolha da revista masculina GQ. Sem filtro algum - aliás, uma marca sua -, foi professor de autoafirmação para LGBT e de tolerância para a sociedade.
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