60% de LGBT de Uganda já foram torturados, diz estudo

Homossexualidade é crime em Uganda com pena prevista de sete anos de prisão

Publicado em 01/11/2020
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Mais de 40% das pessoas entrevistadas vivem com depressão 

A homofobia é algo alarmante em Uganda. Pesquisa revela que 60% dos LGBT do país já foram torturados.

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O estudo, comandado pela ONG global ReportOut, descobriu que 38% das pessoas LGBT foram atacadas ou ameaçadas de violência sexual duas vezes nos últimos 12 meses.

Mais de 40% das pessoas entrevistadas vivem com depressão e muitos apresentam sintomas de transtorno de estresse pós-traumático.

A homossexualidade é crime em Uganda com pena prevista de sete anos de prisão.

Por duas vezes - em 2009 e 2012 - parlamentares tentaram passar lei que puniria homossexuais com a morte. Na segunda vez, acabaram por aumentar a punição para prisão perpétua.

Os Estados Unidos, no entanto, ainda no governo de Barack Obama, anunciaram inúmeras sanções e incluindo bloqueio de investimentos no país, em 2014. Uganda reviu a lei homofóbica e voltou a punir gays "apenas" por sete anos.

O país, no Leste da África, tem 39 milhões de habitantes. Estima-se que 390 mil (cerca de 1%) da população seja LGBT, segundo um relatório chamado Sexual Minorities Uganda em 2018.

O estudo foi uma parceria da ReportOut com a Universidade de Sunderland, do Reino Unido, e sete entidades ugandenses.


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