Um adolescente de 17 anos sofreu agressão verbal e física por causa de sua homossexualidade em uma unidade de acolhimento do Distrito Federal.
Ao portal de notícias Metrópoles, o jovem contou que no sábado 6 alguns dos internos se reuniram para xingá-lo de termos tal como "viado feio".
Quando ele pediu para pararem, ouviu ameaça de uma das garotas: "Viado não é para estar aqui dentro. Tô doida para dar um soco na sua cara".
Na sequência, a menina partiu para cima dele com socos, chutes e unhadas. Ela também tinha uma faca na mão e teria dito que ficou com "dó de usar".
O adolescente afirma que o vigilante do centro viu tudo, mas só interferiu quando percebeu que o ataque não pararia.
Ele ligou para a polícia e foi orientado a ir à delegacia, acompanhado, registrar boletim de ocorrência e fazer exame de corpo de delito,. Os funcionários se recusaram a acompanhá-lo definindo o ataque como "bica-bica de adolescente".
Ele foi, então, a pé, até à casa de uma cuidadora e, lá, não a encontrando, recebeu apoio do filho da mulher e juntos foram à delegacia.
O centro fica no Riacho Fundo I e é administrado pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes). No local, vivem oito adolescentes.
O adolescente saiu do Ceará para o Distrito Federal, há cerca de seis meses, por conflitos por causa de sua homossexualidade.
A responsável pelo centro, também chamada de "mãe tutelar", afirmou aos policiais que não o acompanhou por se tratar de "coisa corriqueira" do convívio diário.
Na terça-feira 9, todos os envolvidos no caso foram ouvidos na delegacia.
Em nota, a Sedes afirmou que repudia quaisquer atos de violência, que uma equipe foi enviada para apurar os fatos e aplicar as medidas cabíveis, caso seja necessário.
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