Uma cena desumana pode ter ocorrido na madrugada da sexta-feira 29 em Bogotá.
Curta o Guia Gay Brasilia no Facebook
Uma transexual, que trabalhava como profissional do sexo, teria morrido após ambulância não querer transportá-la por ela ser portadora do vírus HIV.
Segundo o El Tiempo, a denúncia foi feita pela entidade ativista La Red Comunitaria Trans. A mulher, chamada Alejandra, estaria em motel no bairro de Santa Fe, região central da capital colombiana.
Alejandra, de 39 anos, teria começado a ficar sem respiração por volta de meia-noite e meia. O serviço médico então foi chamado.
"A ambulância chegou e quando eles foram informados de que ela possuía HIV, eles não continuaram a atendê-la e foram embora. Alejandra morreu sem atenção médica. Ela sufocou-se e perdeu a vida", denunciou a entidade.
A Secretaria Distrital de Saúde dá outra versão ao fato. À reportagem, a pasta afirmou que a ambulância foi realmente chamada às 0h45 para atender uma mulher com problema respiratório grave.
No entanto, a secretaria diz que o acompanhante da paciente não permitiu que ela fosse levada a um hospital e não assinou a retirada. Às 2h40, a mesma pessoa teria feito um segundo chamado. A equipe de socorro foi ao endereço, mas a paciente já estaria morta.
Os paramédicos teriam informado às pessoas próximas de Alejandra sobre as atitudes a serem tomadas, uma vez que ambulâncias não transferem pessoas falecidas.
Em comunicado, a pasta informou que "continua sendo nosso dever, como missão médica, garantir assistência àqueles que a necessitam, sem distinguir raça, identificação de gênero, idade, classe social ou condição de saúde".