Um dos ativistas pelos direitos LGBT mais conhecidos do Brasil, Luiz Mott quer voltar ao Brasil e não sabe como.
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O antrópologo está há quase um mês em Roma e contou que seus voos foram cancelados e tem dificuldade em falar com as companhias aéreas.
A Itália tem mais de 100 mil casos confirmados da Covid-19 e é o segundo país mais afetado pela pandemia.
Mott tem 73 anos e está no grupo de risco. "Meu nome está no consulado do Brasil em Roma, mas até agora nenhuma resposta. Felizmente, estou com saúde, apesar de ser um idoso, infartado e diabético", escreveu, em suas redes sociais.
"Necessito voltar ao meu lar. Estou instalado em um apartamento alugado, não estou passando dificuldades, mas preciso retornar ao meu lar."
Paulistano, Mott mora em Salvador há décadas. Ele é fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB), uma das primeiras entidades LGBT do Brasil.
"Se você tiver alguma sugestão, alguma ideia concreta que me ajude, eu ficarei eternamente grato", continuou.
Em outra postagem, o ativista escreveu: "Dilema mortal! Voltar a Bahia com risco de infeção nos aviões, aeroportos e ficar retido em SP? Ficar em Roma até a crise passar?"
Mott também é historiador e pesquisador. Atualmente, ele é professor titular aposentado do Departamento de Antropologia da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e professor e orientador do programa de pós-graduação em História da universidade.