Durou pouco a tolerância no DF. Apenas três dias depois do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) sancionar a Lei 2.615/2000, que pune a discriminação a LGBT, deputados distritais conseguiram derrubar a legislação.
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Por 9 votos a 6 e duas abstenções, a Câmara Legislativa do Distrito Federal derrubou o decreto sob justificativa de "proteção da família". A bancada religiosa da Casa apresentou um projeto de decreto legislativo para anular a legislação.
"A relação da família sempre teve grande importância no desenvolvimento da sociedade. O núcleo familiar, pais e filhos, são responsáveis pela forma como veremos o mundo no futuro. Não podemos permitir que a influência da família na sociedade seja desvalorizada, ela é quem define nossos princípios, o que entendemos por certo e errado e, principalmente, como nos relacionamos com os integrantes de outras famílias", diz trecho do texto, assinado pelos deputados Rodrigo Delmasso, Bispo Renato e Julio Cesar.
Ao G1, o governo disse que recorrerá ao Tribunal da Justiça. Pela lei, estabelecimentos podem ser penalizados com advertências, multas de até R$ 10 mil e cassação do alvará se discriminarem pessoas LGBT.
Votaram pela derrubada da lei: Bispo Renato Andrade (PR), Celina Leão (PPS), Cristiano Araujo (PSD), Rodrigo Delmasso (Podemos), Julio Cesar (PRB), Rafael Prudente (PMDB), Raimundo Ribeiro (PPS), Sandra Faraj (Solidariedade) e Wellington Luiz (PMDB).
Votaram contra a derrubada da lei: Agaciel Maia (PR), Luzia de Paula (PSB), Prof. Israel (PV), Ricardo Vale (PT), Telma Rufino (Pros) e Joe Valle (PDT).
Abstiveram-se: Lira (PHS) e Robério Negreiros (PSBD).