A inclusão de LGBT na Lei do Racismo brasileira, o que tornou crime a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, é um marco não apenas nacional.
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Com a decisão do STF, na quinta-feira 13, o Brasil tornou-se o país mais populoso do mundo a punir o ódio contra LGBT.
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A conclusão vem de análise de levantamento divulgado em março pela Associação Internacional de Lésbicas e Gays (Ilga), maior entidade de direitos arco-íris do planeta.
O Brasil é o quinto país mais populoso do mundo, com cerca de 210 milhões de habitantes.
A situação para a cidadania LGBT para as nações que ocupam os quatro primeiros lugares é média ou muito negativa.
Na China (1,4 bilhão de habitantes), Índia (1,3 bilhão de habitantes) e Indonésia (266 milhões de habitantes), de acordo com a Ilga, não há nenhuma proteção a LGBT contra atos discriminatórios.
A situação do país que ocupa a terceira posição, é melhor, mas ainda não chega ao nível do que agora é lei no Brasil.
Os EUA (266 milhões) são colocados no mapa global de direitos da Ilga em azul claro, legenda que indica países que protegem LGBT apenas nas relações de trabalho.
O Brasil está marcado como país em que há proteção global (azul mais escuro), antes mesmo da mudança legal feita pelo STF.
Em muitas unidades da Federação há leis contra discriminação a LGBT, incluindo Bahia, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, as quatro mais populosas.
Desde a publicação do mapa, não houve modificações nesse sentido nas quatro outras nações citadas.
No mundo, há, ainda de acordo com a Ilga, 61 países que protegem LGBT da discriminação, seja com previsão constitucional, tal como a Bolívia, seja por meio de leis.