A ação é um marco: maior ato de comunicação da Igreja Católica no Brasil, a Campanha da Fraternidade, inclui defesa da vida de LGBT este ano. A reação, por outro lado, não é nova: setor católico conservador pede boicote contra iniciativa.
Com o tema "Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor", a campanha lançada nesta quarta 17 cita expressamente a comunidade arco-íris no documento que embasa a ação.
"Outro grupo que sofre as consequências da política estruturada e da criação de inimigos é a população LGBTQI+”, traz o texto, que fala de homicídios contra o segmento e acrescenta: "Esses homicídios são efeitos do discurso de ódio, do fundamentalismo religioso, de vozes contra o reconhecimento dos direitos das populações LGBTQI+ e de outros grupos perseguidos e vulneráveis".
Nas redes sociais, católicos conservadores têm criticado essa inclusão por ela ser "anticristã" e pedido boicote financeiro à ação.
A campanha tem como objetivo arrecadar fundos por meio de doações e vendas de itens tais como cartões-postais e cartilhas para projetos sociais feitos por instituições religiosas.
A campanha deste ano é realizada não só pela Igreja Católica, que, de forma geral, a elabora e lidera. A cada cinco anos, a iniciativa é feita pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic). Esse é caso de 2021.