Violência é algo com que LGBT brasileiros precisam lidar em seu cotidiano. Mas se o alerta deve estar sempre ligado, agora, é necessário que os cuidados sejam redobrados.
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Com esta situação em mente, a Rede Nacional de Operadores de Segurança Pública LGBTI (Renosp) produziu cartilha chamada Dicas de Segurança.
"Resolvemos pensar em algumas dicas de segurança para este período onde temos sentido medo com mais frequência. A intenção destas dicas é o cuidado com você e suas manas. Não queremos criar pânico, mas é importante resistirmos com o mínimo de segurança e controle da situação sempre que possível", explicam.
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Escrito pela 2ª Sargenta da Marinha Brasileira Bruna G. Benevides e com arte visual do soldado da Polícia Militar de São Paulo Tiago J. Leme Lisboa, o manual aborda situações em que LGBT podem estar vulneráveis fora de casa.
O material abriu parcialmente mão de escrever em português e adotou linguagem em que palavras que marcam o gênero são terminadas com a letra "e". É possível escrever de maneira que se inclua pessoas não-binárias sem deixar de lado a língua. Em vez de escrever "só", por exemplo, em que não há gênero, a cartilha optou pela expressão "sozinhe".
Em transportes públicos ou aglomerações, pede-se que sejam evitados fones de ouvido com volume alto. Dentro de ônibus, "sente-se em bancos próximos ao cobrador ou motorista. No corredor, para ter controle de quem senta ao seu lado ou caso precise trocar de lugar", diz o texto.
Se estiver sozinho, evite abuso de drogas e álcool, ande em grupos nas ruas e procure pontos de ônibus mais movimentados. "Avise para alguém de confiança caso vá marcar um fervo com alguém. Passe o local e horário para que a pessoa monitore sua segurança".
O manual orienta que se preste atenção a outras pessoas LGBT nas ruas que possam em estar em situação de violência. Outra indicação é evitar reagir a provocações e xingamentos.
"Caso presencie alguma situação de violência, tente prestar apoio, desde que sua segurança não seja ameaçada. Se possível, filme ou peça para alguém filmar a situação, facilitando a identificação dos agressores."