O casal formado por Rosana Auri da Silva Cândido, de 28 anos, e Kacyla Priscyla Santiago Damasceno, 29, foi condenado a, somados, mais de 130 anos de prisão.
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O Tribunal de Júri de Samambaia, no Distrito Federal, condenou ambas, na quarta-feira 25, por homicídio doloso triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e sem possibilidade de defesa da vítima) contra Rhuan Maycon, de 9 anos, filho de Rosana.
Em 31 de maio de 2019, Rosana deram 11 facadas em Rhuan - pelo menos uma delas no coração - enquanto o menino dormia. Segundo o Ministério Público, ele acordo no meio do ataque e foi degolado vivo enquanto Kacyla o segurava.
Após matarem e esquartejarem o corpo, Rosana e Kacyla tentaram queimá-lo na churrasqueira de casa.
A cena, que chocou o País, na verdade, foi o ápice de uma série de violências à qual a criança estava sendo submetida há tempos.
"Um ano antes do assassinato, a dupla extraiu os testículos e o pênis de Rhuan, em casa, de forma rudimentar, sem anesteria ou acompanhamento médico", informou o Ministério Público.
Elas o vestiam com roupas femininas por pelo menos um ano antes de seu assassinato.
Em trechos de gravação de depoimento à polícia, obtidos pelo Metrópoles, Rosana diz que o menino "atrapalhava" a rotina do casal.
Junto com o casal, também vivia a filha de Kacyla, de oito anos. Há suspeita de que elas assaram uma das coxas de Rhuan e deram para a garota comer.
No momento da prisão das duas, a garota sofria fortes enjoos e não podia ver qualquer alimento. Essa parte do corpo do menino jamais foi achada.
Há dois anos elas não deixavam nenhuma das duas crianças frequentar a escola. A menina foi entregue ao Conselho Tutelar e depois a parentes.
No julgamento, Rosana tentou inocentar a companheira assumindo toda a culpa. Os jurados, no entanto, não se convenceram disso.
Rosana foi condenada a 65 anos e 8 meses de reclusão, com adição de 8 meses e 10 dias. Kacyla foi condenada a 64 anos e 10 meses de reclusão, mais 8 meses e 10 dias de detenção.
Ambas vão recorrer da sentença.