Pré-candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes firmou seu compromisso com a comunidade LGBT neste sábado 5.
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Ciro participou do 1º Congresso Nacional do PDT Diversidade - segmento da legenda com foco em LGBT - realizado em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo.
O político lembrou que, educado em escola pública no interior do Ceará, recebeu "toda a carga de formação conservadora, preconceituosa" e que nas últimas décadas tem se esforçado para se livrar de todos esses estigmas.
Ciro disse que ouvirá permanentemente as demandas arco-íris e se comprometeu a colocá-las em seu programa de governo.
"Façam seu documento, nao deixem por menos, vou examinar, vou estudar, vou publicar e vocês vão ver que essa voz será a voz de vocês", afirmou.
"Vou botar no meu programa escrito de governo. Essa polêmica eu quero pra mim. E era a última coisa, era só o que faltava, eu estigmatizar, eu discriminar alguém pela mera questão da orientação sexual. Isso é absolutamente medieval e nós precisamos por em debate isso no Brasil com muita humildade, com paciência, respeitando esse Brasil bem intencionado que está aí, mas indo pra cima do Brasil oportunista, elitista e salafrário", disse.
Em seu discurso, sobrou ironia para o pré-candidato Jair Bolsonaro (PSL), ainda que seu nome não tenha sido dito. Ao falar sobre a possibilidade de governar para todos, Ciro lembrou da enorme quantidade de pessoas LGBT no País.
"São 20 milhões de pessoas - aqueles que se assumiram, os que nao têm coragem, frouxos e covardes, como certos candidatos... Certos candidatos que se apresentam com muita homofobia, eu acho que é medo de sair do armário. Não tô falando de ninguém, qualquer semelhança...", disse aos risos.
E continuou: "Aí a pessoa dizer o seguinte: 'Se a criança começar com aquele jeitinho, você dá umas quatro porradas e você conserta', aí tem. Não tenho menor dúvida", insinuando, de brincadeira, que o dono do discurso é homossexual enrustido.
O pedetista falou sobre o alto desemprego do País e disse que o movimento LGBT precisa também participar no debate a respeito de temas gerais. "Entrem na questão do modelo econômico, educação, saúde e, aí sim, pressionar pelos cortes identitários".