Daniela Mercury e a esposa, Malu Verçosa Mercury, participaram de sessão solene na Câmara dos Deputados, na segunda-feira 24, em homenagem aos 50 anos da Revolta de Stonewall.
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"Antes, eu era casada com homens. E quando casei com Malu, perdi todos os meus direitos. Direito de me casar com ela, direito de colocar o nome nas minhas filhas. Vocês entendem a inversão?", perguntou a cantora na tribuna da Cãmara.
Presença constante na parada LGBT de São Paulo, a maior do mundo, Daniela ressaltou a importância da marcha e de sair às ruas para cobrarmos direitos.
"Precisamos de muitas rebeliões, de muitos stonewalls, de um movimento contínuo da sociedade para que a democracia se efetive e se equalize no direito de todos."
Malu também deu seu recado no microfone. "Poucos meses depois que a gente estava junto, anunciamos para o mundo que estávamos casadas, mas não podíamos casar. E aí o CNJ nos deu a possibilidade de nos casarmos no civil e assim o fizemos. Não porque precisássemos daquilo para nos sentirmos casadas, mas porque nosso casamento foi um ato político", disse.
Malu encerrou sua fala com um beijo na amada. Veja o vídeo:
A Revolta de Stonewall foi um movimento espontâneo no fim de junho de 1969. Cansados de serem maltratados pela polícia em constantes batidas no bar Stonewall Inn, em Nova York, gays, lésbicas e transexuais resistiram a um ato de prisão. A ação se tornou incontrolável pela polícia quando inúmeros LGBT se reuniram na porta do bar, em uma espécie de motim.
Toda a ação durou três noites seguidas. Um ano depois, para celebrar a revolta, LGBT foram às ruas em marchas por São Francisco e Nova York, o que originou as primeiras paradas LGBT da história.