Ela foi eleita usando o nome de Deus, em defesa da família. Como parlamentar, coleciona ações e discursos contra os direitos LGBT. Desde quinta 27, a deputada distrital Sandra Faraj(Solidariedade) ganha mais itens em sua biografia... que pode virar folha corrida: investigação por corrupção, falsidade ideológica e uso de documentos falsos.
Sandra passou a ser investigada na Operação Heméra, deflagrada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). A condenação pode chegar a 20 anos de prisão.
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Dólares e reais foram encontrados em cofres dentro do templo comandado pelo apóstolo Fadi Faraj, irmão de Sandra. Os dois são investigados por uso irregular de verba indenizatória e pela suposta cobrança de parte dos salários de servidores comissionados nomeados pela parlamentar, ou por indicação dela e do irmão, na estrutura do GDF e da Câmara Legislativa.
Segundo o Correio Braziliense, a chefe de gabinete de Sandra, Kátia Siqueira, confirmou, em depoimento, a existência de pagamentos de servidores à deputada. A parlamentar nega e diz estar tranquila por não haver provas.
E não é apenas isso que pode estar levando a parlamentar a pedir ainda mais por Deus. Ela enfrenta processo de cassação do mandato por ser suspeita de uso irregular de R$ 150 mil de verba indenizatória. A mesa diretora da câmara apura se Sandra usou notas fiscais falsas e ficou com o dinheiro.
A deputada é defensora da proibição de professores falarem de diversidade de orientação sexual e identidade de gênero e atua nos bastidores contra avanço de políticas públicas pró-LGBT no Governo do Distrito Federal.