Gay adota, sozinho, seis crianças com deficiência

Britânico Ben Carpenter fez sua primeira adoção há 16 anos. 'Sempre sonhei em ter família grande', diz

Publicado em 22/06/2021
Ben Carpenter, gay que adotou seis filhos
Ben junto aos cinco filhos: 'E eu nunca diria nunca sobre ter mais um'

Um britânico é a prova de como vetar a adoção por homossexuais pode impedir crianças de serem felizes e acolhidas.

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Ben Carpenter tem 37 anos, vive na cidade inglesa de Huddersfield, e é pai de cinci filhos - todos com algum tipo de deficiência ou necessidades especiais.

A primeira adoção de Ben, que é gay e solteiro, foi aos 21 anos. 

"Sempre soube o que queria. Eu nunca quis ser um pai biológico porque ser pai é muito mais do que isso", contou Ben ao Daily Mail.

Seu filho mais velho é Jack, de 14 anos, e tem autismo. Depois vêm Ruby, 11, que possui necessidades complexas.

Após ele adotar Ruby, a agência de adoção perguntou se ele adotaria Lily, hoje com nove anos, irmã biológica de Ruby e surda.

A quarta criança a entrar na família foi Joseph, 6, que possui síndrome de Down.

Com o quinto, a história foi trágica: Teddy sofria de uma doença rara chamada síndrome de Cornelia de Lange. O menino faleceu de sepse - infecção generalizada - em novembro de 2019, sem ligação com sua doença. 

"Fiquei arrasado e me senti culpado por um tempo porque não parava de me perguntar se havia algo que eu poderia ter feito para consertar isso", desabafou Ben.

"Antes da morte de Teddy, fui contatado para saber se consideraria outro filho. Era um garotinho com graves problemas cerebrais", lembra ele.

"Eu disse que sim, mas quando Teddy faleceu, precisei colocar o processo em espera para me permitir o luto."

Meses depois, mesmo sofrendo pela perda, Ben entendeu que ele deveria abrir as portas de sua casa e de sua vida para Louis.

"Percebi que esse garotinho também precisava de mim", disse.

Em abril de 2020, então, ele adotou seu sexto filho, que precisa de cadeira de rodas por causa de sua deficiência.

"A coisa boa sobre a adoção que você não pode fazer durante a gravidez é escolher o sexo da criança. Então, para começar, escolhi um menino e depois uma menina, porque achei que seria a configuração perfeita e, felizmente, fui aceito."

"Perguntaram-me então se gostaria de levar a irmã da minha filha biológica, o que concordei em fazer. Então eu tinha duas meninas e um menino e pensei que deveria equilibrar as coisas novamente e adotar outro filho."

"Sempre sonhei em ter uma família grande e estou muito feliz que meus filhos façam parte dela e tenham tantos irmãos."

"Freqüentemente, me sento e os imagino nos casamentos uns dos outros. Eles apoiam muito as necessidades uns dos outros e estou muito orgulhoso por ter criado um ambiente feliz, amoroso e estável para eles crescerem."

"Por mais que eu tenha mudado a vida deles, eles também mudaram a minha. E eu nunca diria nunca sobre ter outro filho."

Ben abriu uma campanha on-line para arrecadar recursos para criar uma sala sensorial para apoiar as necessidades de seus filhos.

A meta é conseguir 30 mil libras (cerca de R$ 210 mil) e ele já conseguiu 15.400 libras (cerca de R$ 107 mil).


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