Gay é vítima de homofobia por motorista da 99

Passageiro denunciou caso à polícia e reclamou de pouco apoio da empresa

Publicado em 14/11/2024
Motorista da 99 é homofóbico com passageiro gay
Caso ocorreu no Grande Recife quando passageiro saía para trabalhar

Um coordenador financeiro denunciou um motorista por aplicativo por homofobia.

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Paulo Rodrigo Lamenha chamou um carro pelo app 99 por volta de seis da manhã no último dia 7 em Jaboatão dos Guararapes, na Grande Recife.

Paulo, que é gay, percebeu que o sistema indicou um motorista chamado Matheus, com quem havia feito uma viagem dois dias antes para ir trabalhar.

No chat do app, o coordenador foi surpreendido por uma série de mensagens homofóbicas de Matheus, que cancelou a corrida na sequência.

As mensagens diziam: "E ae pedaço de lixo", "você não passa de um pedaço de lixo na terra" e "Parasita vira homem".

Motorista por aplicativo é homofóbico com passageiro gay

Paulo procurou a polícia e o caso é investigado como "racismo por homotransfobia".

"Fui pego muito de surpresa", contou o coordenador ao G1. "Não consegui sequer responder e ele imediatamente cancelou a corrida. Confesso que no momento eu não tive reação."

Ele se lembra que dois dias antes, o motorista estava com jeito pouco amistoso.

"Ele não foi simpático como geralmente os motoristas são", relata. "Mas eu relevei porque poderia ter sido um dia ruim para ele."

O coordenador lembra-se que o motorista olhou diversas vezes para ele pelo retrovisor do carro. "No final, até desejei um bom dia, um bom trabalho, mas ele não me respondeu. Saiu batendo a porta e correndo."

“Não sou uma pessoa que esconda a minha sexualidade e nem tenho os trejeitos heteronormativos. O jeito como me visto, o jeito como eu falo… já ultrapassei essas questões que foram muito pertinentes durante a minha adolescência”, contou.

Paulo destaca que ao procurar a 99, a empresa apenas lhe ofereceu um voucher de R$ 10 e afirmou que iria bloquear o contato entre ele e o motorista para novas corridas.

À reportagem, a 99 lamentou o episódio de discriminação, afirmou que bloqueou o motorista e que fez contato com Paulo para "oferecer todo o suporte e acolhimento necessários", o que foi desmentido pelo coordenador.

A empresa também disse que realiza treinamento contínuo com motoristas e que se coloca à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.

 

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