A Federação Internacional de Futebol (Fifa) enviou comunicado, na quinta-feira 25, aos seus filiados informando que o protocolo contra atos discriminatórios nas partidas deverão ser seguidos em todo o mundo, inclusive campeonatos nacionais de clubes.
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Os procedimentos - três ao todo - foram implementados pela entidade na Copa das Confederações da Rússia, em 2017, e desde 15 de julho passado agora também são obrigatórios em disputas dentro dos países.
Este ano, por exemplo, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) foi punida em R$ 57 mil após torcedores gritarem "bicha" durante a partida de estreia da seleção brasileira contra a Bolívia, no Estádio do Morumbi, em São Paulo, pela Copa América.
Este tipo de manifestação homofóbica teria começado no México e tomou conta das partidas de futebol em vários países latino-americanos nos últimos anos. Quando o goleiro do time adversário vai repor a bola em campo, torcedores gritam "bicha".
Se o árbitro em campo considerar o xingamento "excessivo", ele poderá tomar três atitudes. A primeira é paralisar a partida por alguns minutos pedindo que por alto-falantes que as manifestações cessem. O procedimento é o mesmo caso haja manifestações racistas ou xenófobas.
A segunda atitude é ir um pouco mais além. A partida é paralisada e o árbitro pode pedir para os atletas se recolherem ao vestiário por alguns minutos. A mensagem para os torcedores pararem com os xingamentos também é enviada pelos aulo-falantes.
A mais grave é o terceiro procedimento. O juiz pode suspender a partida se achar necessário e uma mensagem avisará os torcedores para que deixem o estádio.