O ex-deputado federal e jornalista Jean Wyllys usou estratégia caracterizadora de discursos machistas, racistas e homofóbicos para criticar o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB): ataque pessoal com base no gênero, orientação sexual ou etnia.
Nas redes sociais, Wyllys criticou anúncio de Leite de que manterá as escolas cívico-militares em seu Estado contrariando decisão do Ministério da Educação.
"Que governadores héteros de direita e extrema-direita fizessem isso já era esperado", escreveu Wyllys. "Mas de um gay...? Se bem que gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes; se for branco e rico então... Tá feio, bee!."
Leite respondeu: "Manifestação deprimente e cheia de preconceitos em incontáveis direções… e que em nada contribui para construir uma sociedade com mais respeito e tolerância. Jean Wyllys, eu lamento a sua ignorância."
Wyllys retornou ao País, no fim de junho, após quatro anos e meio de autoexílio na Europa. Ele renunciou ao seu mandato como deputado federal no início de 2019 após ser alvo de reiteradas ameaças de morte.
Segundo vários órgãos da imprensa, Wyllys deve assumir em breve um cargo na Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom).
Quando Leite se assumiu gay, em julho de 2021, no programa Conversa com Bial, da TV Globo, Wyllys criticou a cobertura da imprensa ao fato dizendo que a governadora Fátma Bezerra (PT-RN) era lésbica e ignorada pela mídia.
Com o post, Wyllys acabou tirando a governadora do Rio Grande do Norte do armário, que jamais foi publicamente assumida.
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