Cinco dos assasinos de Dandara dos Santos foram condenados na madrugada da sexta-feira 6 em Fortaleza.
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O vídeo com as agressões à travesti, ocorridas em 15 de fevereiro de 2017, causaram comoção na internet no ano passado. Nas imagens, Dandara, de 42 anos, é humilhada e apanha, dentre outras forrmas, com golpes de madeira. Pouco depois (o vídeo não mostra) ela foi morta com três tiros.
O autor do primeiro tiro é menor de idade e, portanto, não participou do julgamento. A maior pena foi para Francisco José Monteiro de Oliveira, conhecido como Chupa Cabra. Ele foi condenado a 21 anos de prisão.
No tribunal, o réu alegou que a vítima não esboçou qualquer reação aos seus tiros e que, portanto, deveria ter morrido com o primeiro tiro ou por uma pedrada desferida em sua cabeça, por um segundo adolescente.
Jean Victor Silva Oliveira, Rafael da Silva Paiva e Francisco Gabriel Campos dos Reis, conhecido como Didi ou Gigia, foram condenados a 16 anos de prisão. Todos os três, além de Oliveira foram acusados por crime de homicídio triplamente qualificado.
O quinto réu, Isaías da Silva Camurça, conhecido como Zazá, foi acusado por crime duplamente qualificado e condenado a 14 anos e seis meses. Todos eles em regime fechado e sem possibilidade de apelar em liberdade.
O julgamento foi realizado no Fórum Clóvis Beviláqua e conduzido pela juíza Danielle Pontes, da 1ª Vara do Júri. O corpo de jurados foi composto por cinco mulheres e dois homens.
De acordo com o promotor de Justiça Marcus Renan, "todos os criminosos que participaram do espancamento à retirada da vida de Dandara, cada um a sua maneira, concorreram para o crime de homicídio na medida culpabilidade de cada um".
A transfobia foi considerada agravante que influiu na condenação, importante fato que pode influir em julgamento de crimes similares.
O homem que gravou as imagens e o que atraiu Dandara para a emboscada ainda estão foragidos.