Ex-pró-Bolsonaro, MBL cria grupo para LGBT de direita e liberais

Ideia do movimento é passar longe de 'esquerdistas' e 'bolsonaristas'

Publicado em 11/05/2020
Fernando Holiday e Tiago Pavinatto: MBL cria o MBLGBT, movimento gay de direita
O vereador paulistano Fernando Holiday e o advogado Tiago Pavinatto

Pessoas da comunidade LGBT que não se identifiquem ideologicamente com a esquerda e tampouco com os "bolsonaristas" são o foco de um novo grupo.

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O Movimento Brasil Livre (MBL) criou o MBLGBT, que tem à frante o vereador de São Paulo Fernando Holiday (Patriotas) e o advogado Tiago Pavinatto, ambos gays assumidos.

"A ideia é reunir todo mundo que é gay, que é simpático ao pensamento liberal, que não tem doutrinação de esquerda. Gente que gosta da direita, não é bolsonarista, é simpática ao liberalismo e precisa de alguma referência", explicou Pavinatto à Folha de S. Paulo.

"Estamos juntando para compartilhar experiências e saber o que buscar e qual é a melhor maneira de tratar a questão LGBT dentro do espectro do liberalismo. É para repartir experiências e propor ações", completa.

"Queremos discutir projetos de viés liberal que possam ser trabalhados em favor da causa, principalmente na iniciativa privada, mas também no poder público", afirma Holiday.

Para o vereador, o discurso da esquerda é muito dependente do estado e divergem da ideologia liberal pregada pelo MBL. "Além de uma associação partidária muito clara com comunistas e socialistas que se alinham internacionalmente com ditaduras que não representam o ideal de liberdade individuais."

Do bolsonarismo, o movimento rejeita o culto à ditadura militar e "uma constante utilização de meios homofóbicos para a tentativa de deslegitimar opositores ou críticos".

O novo grupo, recém-formado no WhatsApp, passou a sofrer ataques de bolsonaristas e neonazistas, por isso, os idealizadores buscam novas ferramentas para integrar participantes. Há uma página no Instagram também.

"É o começo de uma ideia. Temos tido problemas de homofóbicos e neonazistas que entram para ameaçar o pessoal que está lá, e é um público já vulnerável. Tem muita gente do interior de Estados que não são tão inclusivos como São Paulo, e estamos tendo que lidar com as carências dessas pessoas", diz Pavinatto.


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