Um das datas mais importantes para o ativismo LGBT no Brasil e no mundo não foi lembrada pelo Ministério da Mulher, da Familia e dos Direitos Humanos, liderado pela pastora Damares Alves.
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Na segunda 17, foi celebrado tanto o Dia Internacional contra Homofobia, que existe desde 2005, quanto o Dia Nacional de Combate à Homofobia, data oficial no Brasil há 11 anos.
Nas redes sociais do órgão e no site não foram feitas nenhuma menção às efémerides.
A segunda, no ministério, foi dedicada principalmente ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infantil, comemorado em 18 de maio.
A referência à data foi marcada por cerimônia em que, com presença de Damares, o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) assinou decreto que criou o Programa Nacional de Enfrentamento da Violência contra Crianças e Adolescentes (PNEVCA).
Foram lançados aplicativo e painel de dados sobre violência contra o segmento e promovido o Maio Laranja, dedicado ao tema.
O mandatário elogiou o trabalho do órgão.
"Parabéns do fundo do coração pela maneira como conduzem o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos."
Outra data recente mereceu posts em todas redes sociais do ministério: o 15 de maio, Dia Internacional da Família.
Pelo Brasil, várias gestões lembraram o Dia contra a Homofobia. Em São Paulo, por exemplo, o governador João Doria (PSDB) iluminou o Palácio dos Bandeirantes, sede da gestão, com as cores do arco-íris, símbolo do movimento LGBT.
Também foi o caso do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), que coloriu o Palácio do Piratini com as mesmas cores.
Prefeituras de capitais tais como Florianópolis e Salvador fizeram posts.