Morreu na manhã desta segunda-feira 21 o ativista Alexandre Boer, de 57 anos.
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Boer foi um dos fundadores da Somos, uma das mais importantes entidades LGBT do Sul do País, que em 2021 completa 20 anos.
"Se orgulhava de dizer que a Somos começou na sala da casa dele. E a partir daí, construiu com outros amigos e ativistas um trabalho que foi referência para uma geração inteira de ativistas", lamentou a associação nas redes sociais.
Na ONG, o ativista coordenou núcleo de Comunicação e a representou junto à Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) e à Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Intersexos (Ilga, na sigla em inglês).
Boer também integrou outro famoso grupo LGBT gaúcho, o Nuances, o GAPA/RS - voltado ao combate da aids - e foi um dos fundadores do Setorial LGBT do PT. Atualmente, ele estava filiado ao Psol.
O ativista ajudou a idealizar o Programa Brasil sem Homofobia, executado pelo Governo Federal durante a gestão do presidente Luís Inácio Lula da Silva.
Jornalista, ator, diretor e gestor cultural, Boer ainda escreveu livros e dirigiu os teatros Renascença e Álvaro Moreyra no Centro Municipal de Cultura e o Teatro de Câmara Túlio Paiva, em Porto Alegre.
"Hoje, o Rio Grande do Sul e o Brasil perdem um grande lutador em defesa da vida, dos Direitos Humanos e dos direitos da população LGBTI+. Seu legado e trajetória continuarão presentes na vivacidade da luta de cada militante LGBTI+ desse país", homenageou, em nota, o Setorial LGBT do PT.
