Morre o 'maior homofóbico do Brasil', Júlio Severo

Ativista cristão escreveu livro 'O Movimento Homossexual', no qual acusa gays de querer cooptar crianças

Publicado em 04/05/2021
julio severo homofóbico
Severo divulgava a Associação de Defesa Hétero (ADH) 

Morreu o blogueiro e ativista cristão Júlio Severo. 

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Segundo o Gospel Prime, Severo teria sofrido infarto. 

O religioso era ferrenho opositor dos direitos LGBT e morava na Guatemala com a esposa e seis filhos.

Para Luiz Mott, fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB), o mais antigo em atividade na América Latina, Severo era "o maior homofóbico do Brasil".

"Caluniou e difamou internacionalmente líderes gays e o movimento homossexual. Morreu tarde! Xocotô berolô", escreveu Mott em suas redes sociais.

A saída do Brasil teria ocorrido após passar a ser alvo do Ministério Público Federal por suas ações tidas como homofóbicas, em especial seu ataque a parada LGBT.

Em seu site, Severo divulgava a Associação de Defesa Hétero (ADH) e publicou o livro "O Movimento Homossexual" (Ed. Betânia), de 1998.

Na publicação, Severo afirma que objetivo do movimento homossexual é fazer com que crianças e adolescentes aceitem a homossexualidade como "opção saudável de vida".

Em tuíte de 30 de abril, perfil com nome do escritor divulgou texto próprio intitulado "O que você não sabe sobre o ativismo homossexual no governo Bolsonaro". Aí a coordenadora LGBT do Governo Federal, Marina Reidel, que é transexual, é chamada de "ele". 

O deputado federal Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) - o mesmo que avisou semanas atrás que deixará seu partido após anúncio de um setorial LGBT no DEM - lamentou a morte do blogueiro. "A (sic) toda a família e amigos minhas condolências, perda irreparável", escreveu.


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