Morreu o blogueiro e ativista cristão Júlio Severo.
Segundo o Gospel Prime, Severo teria sofrido infarto.
O religioso era ferrenho opositor dos direitos LGBT e morava na Guatemala com a esposa e seis filhos.
Para Luiz Mott, fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB), o mais antigo em atividade na América Latina, Severo era "o maior homofóbico do Brasil".
"Caluniou e difamou internacionalmente líderes gays e o movimento homossexual. Morreu tarde! Xocotô berolô", escreveu Mott em suas redes sociais.
A saída do Brasil teria ocorrido após passar a ser alvo do Ministério Público Federal por suas ações tidas como homofóbicas, em especial seu ataque a parada LGBT.
Em seu site, Severo divulgava a Associação de Defesa Hétero (ADH) e publicou o livro "O Movimento Homossexual" (Ed. Betânia), de 1998.
Na publicação, Severo afirma que objetivo do movimento homossexual é fazer com que crianças e adolescentes aceitem a homossexualidade como "opção saudável de vida".
Em tuíte de 30 de abril, perfil com nome do escritor divulgou texto próprio intitulado "O que você não sabe sobre o ativismo homossexual no governo Bolsonaro". Aí a coordenadora LGBT do Governo Federal, Marina Reidel, que é transexual, é chamada de "ele".
O deputado federal Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) - o mesmo que avisou semanas atrás que deixará seu partido após anúncio de um setorial LGBT no DEM - lamentou a morte do blogueiro. "A (sic) toda a família e amigos minhas condolências, perda irreparável", escreveu.