No sábado 19, a nadadora transexual Lia Thomas bateu mais um recorde e conquistou seu terceiro título, em três dias.
Atleta da Universidade da Pensilvânia, Lia levou a medalha de ouro na disputa pelos 100 metros livres da Ivy League Championship, tradicional competição universitária norte-americana.
Com a medalha de prata ficou Iszac Henig, um homem trans. Atletas transexuais masculinos podem competir nas modalidades femininas se não tiverem tomado hormônios.
Já as transexuais femininas precisam fazer terapia de reposição hormonal por ao menos um ano.
Nas redes sociais e imprensa chamou atenção a vitória de Lia na modalidade 500 metros livres. O ponto mais alto do pódio foi conquistado com diferença de mais de sete segundos (ou meia piscina) em relação à segunda colocada.
Na prova de 200 metros, a nadadora teve o melhor resultado em campeonatos universitários nos Estados Unidos.
Seus excelentes tempos, desde as seletivas, em dezembro, foram alvo de críticas de atletas, o que motivou a entidade que regula e organiza os eventos esportivos estudantis no país, a NCAA, a declarar, em janeiro, que mudaria regras para participação de atletas transgêneros.
As novas normas, consideradas mais rígidas, devem ser implementadas a partir dos próximos meses.