Um padre que abençoou um casamento gay em dezembro passado foi punido pelo Vaticano.
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Desde a cerimônia, em 7 de dezembro, o padre Vicente Paula Gomes foi afastado de suas funções na cidade de Assis (SP).
Após oito meses de investigação, o Vaticano emitiu seu parecer e divulgou o Preceito Penal para o caso.
Segundo o documento, expedido pela Diocese de Assis, o religioso deve continuar afastado do exercício ministerial até 7 de dezembro deste ano.
Mesmo após voltar a rezar missas, ele não poderá celebrar casamentos e precisará passar por um curso sobre matrimônio "segundo a perpectiva teológica, jurídica e pastoral", diz o documento, de acordo com o site Assis City.
Padre Vicente também deve ficar afastado dos meios de comunicação até 2023 e está proibido de exprimir juízo ou opinião sobre a doutrina da Igreja Católica no que se refere ao sacramento do matrimônio.
O texto afirma que o religioso se arrependeu e pediu perdão pelo "ato inconsequente" e que sua "má conduta" incentivou a "cultura gay".
Na cerimônia, que ganhou ampla divulgação na mídia, o padre defendeu o direito do casal ser considerado uma família.
"Achamos que lar basta ter um homem e uma mulher. Família não é só isso. Nuclear uma família significa criar condições para uma vida digna. Por isso, é com alegria que estou aqui", afirmou o padre na celebração.