Policiais invadiram bares e baladas na capital russa, Moscou, como parte da repressão ao governo ao que ele chama de "propaganda LGBT".
A agência Associated Press relata que a mídia estatal russa Tass informou que policiais apreenderam laptops, câmeras de vídeo e smartphones enquanto frequentadores dos estabelecimentos tiveram seus documentos inspeciados na noite do sábado 30.
Nas redes sociais, viralizaram imagens de homens e mulheres sentados no chão da boate Arma enquanto policiais armados passavam por eles.
No Telegram, o gerente do bar Mono, que também foi alvo da ação, pediu desculpas pelo ocorrido.
"Amigos, lamentamos muito o que aconteceu. Eles não encontraram nada proibido. Vivemos em tempos assim, mas a vida deve continuar", escreveu o homem.
De acordo com a reportagem, a polícia deteve o chefe da agência de turismo Men Travel, que planejava um excursão no réveillon para o Egito.
O homem de 48 anos é considerado suspeito de "preparar uma viagem para os apoiadores de valores sexuais não tradicionais.".
No ano passado, a Suprema Corte do país decidiu que o movimento LGBT deve ser encarado como uma "organização extremista".
Na prática, isso faz com que as autoridades possam reprimir ainda mais grupos e pessoas LGBT.
Desde 2013, o governo de Vladimir Putin veta a "propaganda LGBT" em locais públicos ou em frente a menores de idade.
Levantar bandeira arco-íris, beijar-se na rua ou passar uma mensagem de tolerância no desejo de uma camiseta, por exemplo, são considerados crimes.
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