Um policial paraibano viu, esta semana, uma foto sua circular em grupos de WhatsApp acompanhada de ofensas.
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Na imagem, segundo o Diário VIP, Elbo Guedes está fantasiado para pular o carnaval no Bloco das Virgens.
A foto ganhou comentários depreciativos e homofóbicos principalmente por parte de seus próprios colegas militares.
"Isso é uma peste, é uma epidemia... no Estado todo da Federação tá com essas pragas", diz a mensagem de áudio gravada por um militar, de acordo com a reportagem.
Um outro policial pergunta: "Ô Silva, aí em Brasília já tem? Porque aqui na Paraíba olha como é que tá... Lugar de cabra macho... essa porra tá uma epidemia maior do mundo".
Mas nem todos atiram pedras. Em um print que circula nas redes sociais, uma pessoa questiona a fantasia do militar dizendo: "Que derrota é essa?" Um policial, então, responde: "Deixe ele. Do meu pelotão. Mais um cara 10 independente de sua opção".
Em vídeo nas redes sociais, Elbo Guedes afirma: "Quem me conhece sabe do meu caráter, sabe o quanto eu respeito a instituição da qual eu faço parte, o quanto eu respeito os meus companheiros de farda e o quanto eu não faria nada para expor negativamente a instituição na qual eu trabalho", disse.
E continua: "É uma sociedade machista e preconceituosa, que acha que o gay não pode estar onde ele queira estar. O que incomoda a sociedade é saber que eu sou gay e sou policial militar, porque a sociedade acha que a gente não pode estar em lugar nenhum", disse.
"A sociedade acha que o gay tem que ser apenas cabeleireiro e maquiador. Não falando mal dessa profissões, mas eles acham que a gente não tem o direito de estar onde a gente está", completou.
Elbo concluiu afirmando que não vai mudar seu comportamento devido ao caso. "Você não vai me reprimir, você não vai fazer com que nós gays voltem pra dentro do armário, a gente tem o direito de estar onde a gente quiser. A gente vai estar como médico, enfermeiro, advogado, juiz, policial, a gente vai estar em todos os lugares. A gente não vai esconder num buraco como vocês querem", declarou.
Ao ClickPB, o militar explicou que não sabe quem foi a pessoa que fez os prints e começou a enviar para os grupos e que isso dificulta em fazer uma denúncia formal junto a corregedoria da PM.