Com desaprovação popular de 70%, o presidente direitista do Chile, Sebastián Piñera, iniciou ofensiva contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo e adoção por casais homossexuais, ambos ainda ilegais no país.
Em declaração para a imprensa nesta semana, o subsecretário do Ministério Geral da Presidência, Máximo Pavez, revelou que o Poder Executivo vai atuar para que projeto de lei atualmente em debate no Congresso Nacional dê preferência para que crianças sejam adotadas por casais heterossexuais.
Essa proposta já foi derrotada na Câmara dos Deputados, mas Piñera, pelo que revelou Máximo, vai insistir.
A respeito do casamento homossexual, o subsecretário afirmou que o presidente continua a não aceitar a ideia de união entre pessoas do mesmo sexo.
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Por conta dessas falas, a mais importante entidade LGBT do país, o Movimento de Integração e Liberação Homossexual (Movilh), qualificou Piñera como homofóbico, algo histórico.
"Pela primeira vez desde o fim da ditadura militar [1990] que damos esse qualificativo a um presidente da República", explicou a ONG.
Em 2020, o Chile, país com de pouco menos de 19 milhões de habitantes, passou por convulsão social. Os manifestos nas ruas conseguiram iniciar processo para feitura de nova Constituição.