Mesmo tido como progressista, o sociólogo Bernardo Arévalo, novo presidente da Guatemala, não aceitará a legalização do casamento homossexual.
O esquerdista do partido Movimiento Semilla (Movimento Semente em português) venceu o segundo turno das eleições neste domingo 20. Ele recebeu 58% dos votos frente à ex-primeira-dama Sandra Torres, que obteve 31% dos votos.
Segundo a Agência France-Presse, o político se comprometeu a defender LGBT da discriminação. Essa postura gerou críticas de evangélicos, que o acusaram de, uma vez no poder, atuar para que uniões gays sejam reconhecidas legalmente. Ele negou.
Com 64 anos, Arévalo é filho do primeiro presidente eleito democraticamente no país, Juan José Arévalo, que governo a Guatemala entre 1945 e 1951.
Sua concorrente, Sandra Torres, possuía o apoio implícito do atual presidente, o direitista Alejandro Giammattei e da elite empresarial aliada ao governo. Ela fez campanha direta contra a união gay.
A Guatemala possui leis contra discriminação a LGBT somente no âmbito escolar. Pessoas trans podem mudar seu nome em documentos desde 2016, mas não o gênero.
Pesquisa realizada no país há seis anos mostrou que apenas 16% da população era favorável ao casamento homossexual.
Na América Central, apenas Costa Rica, em 2020, e Cuba, em 2022, legalizaram a união entre pessoas do mesmo sexo.
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