A Justiça considerou como ato de liberdade religiosa um padre ter chamado o jornalista Pedro Figueiredo, da TV Globo, de "viadinho" durante missa.
O juiz Bruno César Singulani França, da Vara Única de Tapurah, no Mato Grosso, rejeitou denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado contra Antônio Müller, integrante da Paróquia Nossa Senhora Aparecida de Tapurah.
Para o magistrado, as falas do padre são “direito à liberdade religiosa”.
O Grupo Arco-Íris e a Aliança Nacional LGBTI+ pediram que o MP recorra da decisão.
No culto, o padre fez referência a um comentário do também jornalista Erick Rianelli,marido de Pedro, no RJ1 no Dia dos Namorados de 2020. A fala viralizou na internet.
Ao conversar com os apresentadores do noticioso, Erick fez declaração de amor ao marido e encerrou com um pedido: "Agora, Pedro, vê se faz o jantar aí, né, amor? Me dá essa força aí, né? Vou preparar uma surpresa ótima pra ele".
O religioso, então, zombou do casal com discriminação: "A gente faz namoro não como a Globo apresentou durante essa semana, dois viado (sic), desculpa, dois viado (...) Um repórter com um viadinho chamado Pedrinho."