Um dos responsáveis pela discriminação contra LGBT ser crime no Brasil, o psicólogo, secretário parlamentar no Senado e coordenador nacional do setorial arco-íris no partido Cidadania, Eliseu Neto sofreu homofobia no Recife por motorista de aplicativo e, ao pedir ajuda, foi mal tratado por policial.
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O episódio ocorreu na madrugada do sábado 4. Neto estava com o namorado, o técnico em segurança do trabalho Ygor Higino, em um carro da empresa 99. Ao se beijarem, o motorista os expulsou do veículo.
Frente à discriminação, o casal chamou a polícia, mas houve mais violência, como explicou o psicólogo a nossa reportagem.
"O agente policial foi agressivo e leniente. Tirei foto da placa e pedi a identificação dele. Nisso, ele se recusou e veio me empurrar. Ele viu que tirei a foto da placa. Isso o desmobilizou. Meu namorado estava assustado e achei melhor ir embora e tomar as medidas depois. Tenho o horário, placa do carro etc"
Desde o ano passado, discriminar LGBT pode ser penalizado com privação de liberdade.
Higino relatou em rede social que essa foi a primeira vez nos seus 23 anos de vida em que foi vítima de preconceito.
A 99 fez postagem afirmando ser contra discriminação e que o motorista foi desligado da plataforma.
Ativistas e autoridades públicas postaram mensagens de solidariedade a Eliseu, que foi autor, via antigo partido PPS (hoje Cidadania), de uma das ações no Supremo Tribunal Federal que resultaram em 2019 na criminalização do ódio a LGBT.
Neto afirmou que o episódio não tira sua admiração por Recife. "A cidade é maravilhosa, com gente do bem. Merece outro nível de servidores públicos."