O Dia de Finados foi de resistência da comunidade LGBT de Boituva, cidade a 120 quilômetros da capital paulista. A saída de casa foi necessária para defender a pintura nas cores arco-íris que a escadaria da Praça da Bíblia recebeu, o que gerou reação de pessoas homofóbicas.
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Inaugurada pela prefeitura no fim de outubro, a reforma do local motivou post de figura conhecida na cidade e que usa o título de sargento.
Na publicação, a pintura foi chamada de "desarranjo intestinal administrativo", ligada ao movimento LGBT, embora o arco-íris não seja o de seis cores que figura na bandeira do movimento, e tratada como afronta à comunidade cristã.
Com receio de que as cores da escadaria fossem apagadas, rapidamente LGBT organizaram ato na própria praça.
Cerca de 100 pessoas fizeram parte da manifestação. Havia cartazes com dizeres sobre respeito à diversidade e contra a discriminação.
O jornalista Diego Bonel, que integrou o ato, falou da importância dessa resistência.
"A cidade, com pouco mais de 55 mil habitantes, é muito conservadora. A proposta da pintura não foi homenagear a comunidade LGBT, até porque nem é o nosso arco-íris, mas a oposição de um pastor e candidato a político deu base para a mobilização, algo que nunca aconteceu aqui."