Transexual reclama por não conseguir tirar o 'nome morto' do Uber

Ela diz odiar entrar nos carros e ser questionada: 'Como está a sua noite, senhor?'

Publicado em 27/07/2021
Charlie Hadley: transexual reclama do Uber usar seu nome morto até hoje
Charlie afirmou que se sente insegura ao ser identificada como trans

Uma mulher trans inglesa reclama de não conseguir substituir seu "nome morto" no aplicativo do Uber. 

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O "nome morto" é aquele que pessoas trans foram registradas em seu nascimento e do gênero com ao qual não se identificam.

Ao jornal Metro, Charlie Hadley, de 33 anos, afirmou que sente-se insegura quando entra em um carro e o motorista a chama de "senhor".

"Eu fiz a transição há quase um ano agora. Eu realmente odeio entrar nos carros e ser questionada: 'Como está a sua noite, senhor?", apontou.

"Não quero entrar em uma conversa [sobre ser trans] com os motoristas, especialmente se eu já bebi e estou voltando para casa."

E continuou: "Eu não deveria ser revelada como uma mulher trans por causa de um processo interno de software estúpido."

O problema tem origem, de acordo com a publicação, na tentativa de Charlie de ter sido motorista da empresa.

Ela se candidatou a dirigir pelo app, mas não foi aceita, segundo ela, por que seu carro "não era novo o suficiente para eles".

Seu "nome morto" ficou vinculado ao Uber - até hoje, seu perfil é de motorista - e a empresa não aceita mudança de nome de quem dirige os veículos.

"Eu entendo que eles podem estar preocupados com a mudança de nome de motoristas com má reputação, mas o Uber deve ser capaz de [lidar com isso] por meio de outros mecanismos além de apenas um nome", diz Charlie.

À reportagem, a empresa afirma que está "comprometida com a diversidade e inclusão" e que tem "uma política de tolerância zero para a discriminação, inclusive com base no sexo ou gênero".

"Lamentamos que a usuária tenha tido uma experiência tão ruim conosco e atualmente estamos investigando como podemos melhorar nossos processos."


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