Um dos principaís responsáveis por ter gerado pânico na comunidade gay de São Paulo nos últimos dias ao afirmar haver serial killer de homossexuais na cidade, o influenciador Lucas Raniel admite ter se baseado em informações sem comprovação.
"Eu tweetei o boato de que 5 possíveis casos de mortes de LGBT teriam acontecido de maneira parecida", disse ao Guia Gay São Paulo.
Na entrevista, Lucas, que é conhecido por falar de HIV, usa "possíveis" e "teriam acontecido", tom diferente ao utilizado nos vários tuítes na quinta 10, quando falou do suposto caso de assassinatos em série.
Na rede social, é expressa certeza. "Galera, é real e oficial. Tem um cara matando gays que ele encontra via app de relacionamento aqui em SP" foi uma das frases.
E ele continua: "Já foram encontradas 5 vítimas mortas da MESMA maneira: todas com saco plástico amarrado na cabeça". Horas depois, ele chegou a falar de 11 vítimas. Sua mensagem original foi repassada mais de 6 mil vezes.
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A mudança na maneira de se expressar ocorreu após grande repercussão da mensagem na mídia e a polícia ter negado a ligação entre três crimes únicos registrados nos últimos meses e dizer não existir mais mortes similares,
Ao mesmo tempo em que fala de boatos, o influenciador cita confiar em quem lhe passou os relatos, os quais, como a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou, não têm base real.
"Eu só passei informações que pessoas que eu conheço e confio me passaram. Informações essas que se confirmaram através de stories de diversos gays. Inclusive pessoas que eu não conheço e nem nunca vi. O que acontece é que o que eu postei tomou proporções gigantescas."
Mesmo ao ajudar a criar pânico sem motivo real, Lucas defende o que fez.
"A intenção do alerta era realmente criar alarde para que as pessoas se atentem a tudo e todos em apps, pois eu, assim como diversos gays que eu conheço, já passaram por situações onde foram roubados, dopados, ou em alguns casos mais graves, até risco de morte correram. Entao sim, acho válido o alarde."