Fotos de Welton Trindade
Faltou arco-íris no Brasil neste domingo 30? Se sim, calma! A falta foi temporária e a causa da ausência, justa: as cores do símbolo máximo do movimento LGBT estiveram em profusão incrível em Nova York, cidade que realizou marcha do orgulho para receber neste ano a World Pride (Parada do mundo).
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Tanto quem foi assistir quanto as pessoas que desfilaram - separadas por grades - não economizaram nas cores do orgulho. Milhares de bandeiras de vários tamanhos, meias, luvas, leques, bonés, camisetas, maquiagem, cabelo... Tudo era lugar para mostrar o orgulho!
Por volta do meio-dia, na região da 5ª Avenida com a Rua 22, foi dado início ao evento. E de forma histórica: a corporação que há 50 anos foi combatida na Revolta de Stonewall por oprimir LGBT estava agora no abre-alas da marcha. Sim, a polícia de Nova York.
Aliás, o tom de resgate histórico esteve em grande parte da extensa programação do World Pride em Nova York e em muitas alas da marcha. A razão é o fato de celebrar com o evento o meio século da revolta, ocorrida em junho de 1969.
Sem música ao longo do trajeto em grande parte do tempo e com pessoas andando no chão, a parada é realmente um desfile de agrupamentos LGBT ou de apoio, órgãos governamentais, políticos e seus apoiadores, e empresas. Tudo em números altos. Foram mais de 200 alas na marcha.
Destaque para a Interpride, organização mundial de paradas e dona da marca World Pride, LGBT negros e poligâmicos, assexuais, serviços contra violência que afeta LGBT, marchas de vários lugares do mundo, senadores, o prefeito - Bill de Blasio -, e empresas tais como Delta Airlines, HSBC e a telefônica AT&T, essas com plataformas em rodas e caixas de som improvisadas.
Um dos grupos mais aplaudidos foi o da polícia, que levou ao evento tanto oficiais quanto agentes LGBT da corporação.
Houve também confronto verbal. Um grupo de religiosos com cerca de 10 pessoas segurava cartazes contra LGBT. Participantes gritavam frases tais como "Deus ama a todos". A polícia acompanhou de perto a situação, permitida pela lei americana. No Brasil, é proibido contramanifestação.
O evento encerrou extensa programação de festas, debates, exposições de arte, shows e feira que tomou conta principalmente em Manhattan. Dentre as atrações houve conferência de direitos humanos, show de encerramento na Times Square e performances em vários palcos de Cyndi Lauper, Lady Gaga e Madonna.
A próxima World Pride será realizada em agosto de 2021 em Copenhague!
Confira as imagens feitas pela nossa reportagem na marcha.