O ano de 2018 não foi um qualquer para a militância LGBT no Brasil: nele comemoraram-se quatro décadas do ativismo arco-íris nacional.
Curta o Guia Gay Brasilia no Facebook
A celebração não foi esfuziante no geral, mas na sua estante ela pode tornar-se lacrativa (para usar termo de agora).
Para tal, você precisa, deve, necessita adquirir (e ler) três livros que dão panorama amplo da trajetória feita entre os "pederastas" mortos pela Inquisição no Brasil até a posição que o País conquistou de ser um dos que mais respeitam a cidadania LGBT no mundo.
Eis a lista para você colocar nas promessas de início de ano.
Devassos no Paraíso - A Homossexualidade no Brasil da Colônia à Atualidade (4ª edição) - João Silvério Trevisan
A nova edição, com 744 páginas, é revista, atualizada e ampliada. O livro, primordial. Essa obra é a Bíblia, o Corão arco-íris. Simplesmente nos apresenta com detalhes quem fomos nós LGBT no Brasil desde a Colônia até os cliques do YouTube (não, ele não existiu desde o sempre, viu?).
O mosaico que compõe nosso caminhar é amplo: música, TV, política, movimento social, imprensa, medicina... E praticamente tudo está aí! Dá orgulho do que éramos e força para lutarmos para o que seremos.
Quando Ousamos Existir: itinerários fotobiográficos do Movimento LGBTI do Brasil (1978-2018) - Alexsandro Rodrigues, Cláudio Nascimento Silva, Marcio Caetano e Treyce Ellen Goulart (org.).
Sim, em 2019, teremos os 50 anos da Revolta de Stonewall, marco do ativismo LGBT contemporâneo. Mas antes disso, tivemos 2018 e a celebração pelos 40 anos do movimento arco-íris brazuca.
Essa obra dá voz para 32 ativistas e estudiosos, tais como Luiz Mott, Roger Raupp Rios e Toni Reis. Cada um pega um naco dos vários que compuseram a história do ativismo LGBT nacional desde o lançamento do jornal Lampião da Esquina, passando por despatologização da homossexualidade, grupos gays na Bahia, Sergipe, Rio e São Paulo, até a importãncia de Jean Wyllys.
História do Movimento LGBT no Brasil - James N. Green, Marcio Caetano, Marisa Fernandes e Renan Quinalha (org.).
Aqui mais um registro polifônico das quatro décadas da atuação de LGBT por cidadania, visibilidade, identidade, amor e gozo. Mais pedaços do que foi e é o ativismo LGBT.
Destaque para o panorama feito por estudiosos, que dão mais conta de ações formais principalmente do Estado acerca da questão LGBT, e os relatos de quem fez essa história em ONGs, paradas do orgulho e partidos políticos.