Baseado em histórias reais de travestis, transexuais e transformistas brasileiros, o espetáculo BR-Trans faz temporada em Brasília no Centro Cultural Banco do Brasil.
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No palco, Silvero Pereira, que também assina o texto, narra história de vidas, intepreta canções e dá voz a um sem número de pessoas que a sociedade teima em manter invisíveis.
"É um espetáculo singelo na sua cenografia, mas que possui uma grande performance cênica", define o ator ao Jornal de Brasília. "A música é um forte elemento de dramaturgia. Canções como Balada de Gisberta, na voz de Bethânia; Shake It Out, do Florence and The Machine; e até mesmo o clássico Geni e o Zepelin, de Chico Buarque, são pontos altos do trabalho."
Assistida por mais de 40 mil espectadores, a peça foi ovacionada em festivais nacionais e internacionais, especialmente em países como Alemanha e Estados Unidos. Desde a estreia, em 2013, o espetáculo já foi apresentado em diversas cidades do Brasil e no exterior, como no XXX International Hispanic Theatre Festival of Miami e no Brazil Festival in Dresden.
"Sinto que BR-Trans não é uma obra finalizada, pois ainda me choca a morte truculenta da travesti Dandara, que foi filmada e exposta nas redes sociais este ano, ou a Érika, que após ser jogada de um viaduto ficou 40 dias em coma e, após 30 dias em estado vegetativo, veio a falecer", lamenta Silvero. "Ainda esta semana, uma travesti em Belém foi cruelmente assassinada. Esses são apenas três casos que chegaram às pessoas - somente em abril deste ano já se contabilizam mais de 45 assassinatos por transfobia no Brasil."
O espetáculo fica em cartaz de sexta a domingo até 21 de maio. Mais informações você tem em nossa Agenda clicando aqui.