Há cada vez mais personagens LGBT na TV e no cinema, mas não se engane, há ainda muito medo de retratar nossa comunidade principalmente em grandes produções.
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Em Bohemian Rhapsody, cinebiografia sobre a banda de rock Queen, será explorado o momento heterossexual da vida de Freddie Mercury.
O filme contará a história do relacionamento do líder do grupo (que será vivido por Rami Malek) com Mary Austin (Lucy Boynton).
Ele viveram juntos por bastante tempo e ela foi a musa nos primeiros anos da banda, que inspirou músicas como Love of My Life.
"Ela era a pessoa mais próxima dele, mesmo que ele tenha feito essa transição – o que foi muito doloroso, obviamente, para ele e para ela – para um outro mundo. Ela era uma parte enorme da vida de Freddie, e ele sempre buscava a aprovação dela, e queria protegê-la", disse o guitarrista do Queen, Bryan May, em entrevista ao Yahoo Movies, segundo o Observatório do Cinema.
As filmagens devem começam este mês e o longa será dirigido por Bryan Singer (de X-Men: Apocalipse). Este filme está enrolado há anos. Por muito tempo, o comediante Sacha Baron Cohen esteve ligado ao projeto e iria viver o roqueiro nas telas. Ele queria um filme que explorasse a homossexualidade de Mercury. No entanto, May, preferia algo mais "família", e Cohen deixou o barco.
Cinebiografias sobre músicos gays em que a homossexualidade vai quase para debaixo do tapete não são nada incomuns. Em Cazuza - O Tempo Não Pára (2004), Ney Matogrosso, que namorou o cantor, sequer foi citado e a intensa vida gay de Cazuza surgiu como um rápido beijo num bar. Já em Somos Tão Jovens (2013), preferiu-se explorar uma paixão adolescente de Renato Russo por um menina do que sua verdadeira orientação sexual.