Dando fim a muitos rumores, Rainer Cadete revelou que sua sexualidade é fluida e que se define "fora da caixinha".
Se nas redes sociais o ator de 34 anos deixa os questionamentos sobre sua orientação sexual rolarem, ao jornal Extra, Rainer abordou o assunto e revelou ser bissexuial ainda de que forma enviesada.
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"Eu me defino fora da caixinha", afirmou. "Não vejo a sexualidade como algo concreto que você vai colocar em um molde na parede. Ela tem este lugar de nos surpreender de várias maneiras. Acho que existem várias sexualidades e elas fluem, me sinto assim."
O ator, no entanto, foi contraditório. Ao mesmo tempo em que diz ver a importância de dar nome às coisas em prol de direitos, ele diz ter "sexualidade fluida", que não é orientação sexual, mas, sim, forma de não dizer que é bissexual.
"Nomenclaturas e siglas servem muito para conquistar espaços para estes corpos que a sociedade invisibiliza e para lutar por políticas públicas", falou.
"Sexualidade fluida" é considerado quase um sinônimo para "abrossexualidade". Ambos os termos definem pessoas que ora se dizem heterossexual, em em outro momento gay. Ou lésbica e depois bissexual, por exemplo.
Os termos são perigosos. Por um lado, podem reforçar a ideia da "cura gay" e "cura lésbica" - de que alguém pode deixar de ser homossexual (pensamento ainda presente em muitos héteros conservadores).
Por outro lado, invisibilza bissexuais, já quem esta é a palavra para quem tem atração sexual por mais de um sexo ou gênero.
A reportagem compara o ator ao personagem Visky, que ele viveu em Verdades Secretas (2015), da TV Globo, e repetirá em Verdades Secretas 2, atualmente em gravação para o Globoplay.
Na novela, o booker, gay assumido, terminou na cama da amiga Lourdeca (Dida Camero), provocando incredulidade nos telespectadores.
"Reformar" gays e lésbicas, aliás, não é nada incomum em novelas da emissora, como em A Favorita, Avenida Brasil, Sete Vidas, para citar apenas algumas.
Rainer deu a entender que a "fluidez" do personagem permanece na continuação da trama.
Sobre sua vida pessoal, o ator, que é pai de um menino de 14 anos, afirma que "a pessoa" com quem se envolver precisa comprar o pacote completo.
"A pessoa que quiser ficar comigo tem que entender que é um combo. Sou um homem, um pai, tenho essa profissão e quero ser minha melhor versão, sem pieguice alguma."
Ele ainda comenta esperar que a geração de seu filho seja mais aberta e livre de ideias monolíticas.
"Quando eu era adolescente, se falava que a minha geração ia libertar todo mundo e as pessoas seriam mais tranquilas em relação à sexualidade, não iam se importar tanto com o que o outro faz. E olha o que a gente está vivendo agora. Espero que a geração do Pietro seja mais livre em relação a esses estigmas."
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