A transexual Luisa Marilac ganhou ajuda financeira do influenciador digital Carlinhos Maia para retirar silicone industrial dos seios.
Ao site Notícias da TV, Luisa contou que tem sentido dores severas e nenhum antibiótico mais é capaz de aplacar a infecção nessa parte de seu corpo, que já começa a necrosar.
"Meus seios ficam muito bonitos quando estão inchados, porque infecciona, então ficam belíssimos. Mas só eu sei das minhas dores, você não pode tocar que dói. E fora que tenho que me entupir de remédio. Os seios estão ficando escuros, é sinal de necrose, então é muito perigoso, porque é a zona que eu mais tenho silicone, eu tenho dois litros do industrial nos seios", disse.
O silicone foi colocado quando Luisa tinha 17 anos. Hoje ela está com 42 anos.
"Era o que tinha na época, a tecnologia não era como hoje, não tínhamos Youtube, não tínhamos acesso à informação", explicou. "E não me identificava com um corpo que não era meu, era infeliz, me olhava no espelho e não me via."
Luisa disse que Carlinhos lhe deu R$ 20 mil e que seis meses atrás, quando pesquisou orçamentos, esse valor daria para extrair o produto dos seios e do queixo. Com a inflação, ela acredita que no momento será possível tirar o silicone só dos seios.
"Entre o peito e o queixo, vou fazer o peito, porque me dói mais. O médico me cobrou R$ 16 mil. Só que tenho que fazer pencas de exames e remédios a comprar. Vou ter que fazer exames de sangue, mamografia. Não sei quanto custa, mas não tenho plano de saúde e vou ter que pagar tudo. Acho que não vou ter condições de pagar os dois."
Nos seios, serão três procedimentos. A extração de todo o líquido industrial e da infecção, a cirurgia de remoção da pele necrosada e o implante de uma prótese de silicone.
"Estou muito nervosa porque é uma cirurgia bem delicada. As pessoas acham que é só deitar e tirar o peito, mas não. Existe uma drenagem de um silicone líquido que está espalhado ali dentro, que corre o risco de cair na corrente sanguínea e eu morrer. Estou preocupada. Mas está na mão de Deus. Eu vou arriscar porque não aguento mais tomar remédio", finaliza.
