Diretora do autódromo belga Spa-Francorchamps, Nathalie Maillet, de 51 anos, foi assassinada ao lado da namorada, a advogada e professora Ann Lawrence Durviaux.
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As duas foram mortas no domingo 15 pelo então ainda marido de Nathalie, o ex-piloto Franz Dubois, de 73 anos. Eles estavam em processo de divórcio.
O homem ligou para a polícia para contar sobre o crime e se suicidou em seguida.
Os corpos de ambas foram encontrados na casa de Nathalie em Gouvy, na Bélgica, a mesma onde ela e Franz moraram.
A polícia investiga as mortes como duplo feminicídio.
Amigas das vítimas frisaram, em entrevista à imprensa local, que não se tratou de um crime passional, de marido que pega a esposa com outra, como se deu a entender em parte da mídia.
A bissexualidade de Nathalie não era mistério de ninguém, nem de Franz, e os dois já estavam formalizando a separação.
"Como este homem se torna herói traído que precisa limpar sua honra? Isso nos traz de volta aos séculos anteriores, quando era considerado normal para um homem possuir uma mulher", disse a professora Sandrine Detandt, amiga de Ann ao canal belga RTBF.
"Eles estavam separados, Nathalie Maillet havia contado a ele que havia se apaixonado por Ann Lawrence", explicou.
"Eles estavam em processo de divórcio. Ele fingiu que isso não o incomodava, ele até conheceu Ann Lawrence ... Estamos muito longe do homem traído que chega em casa inesperadamente para encontrar sua mulher nos braços de outra pessoa! É uma forma de romantizar o caso. Estamos diante de um homem que matou duas mulheres porque elas se desejavam."
Nathalie era de uma família dedicada a automobilismo - seu pai e seu tio eram pilotos e ela mesma chegou a pilotar na década de 2000.
Desde 2016, ela dirigia o autódromo que tem a pista considerada a mais famosa e mais difícil do circuito da Fórmula 1.