O ator Flavio Bauraqui falou sobre representatividade negra e gay em entrevista à colunista Patricia Kogut, de O Globo.
Curta o Guia Gay Brasilia no Facebook
Bauraqui viu a curiosidade do público aumentar após se declarar ao marido, o urbanista Helder Mendes, nas redes sociais.
"Nossa relação é natural. Acabou virando algo 'demais', mas a parte da representatividade eu acho importantíssima: como negro, como LGBT, acho relevante meninos e meninas perceberem que não há nada de errado em se identificarem com a classe", contou à publicação.
"Quem nasce negro no Brasil já está acostumado a tomar pedrada. Então, me sinto bem em favorecer a militância nesse sentido. Mas eu não saí do armário. Nunca entrei!"
E continua: "Descobri minha sexualidade aos 13 anos, minha mãe sempre soube. Já casei muitas vezes na vida: ao todo, foram nove. Por aí se pode perceber que nunca escondi nada. E isso não atrapalha a minha carreira. Até faço muito mais personagens héteros do que gays."
Gaúcho de Santa Maria e com 54 anos, o ator ficou estreou no teatro em 1995 e ficou nacionalmente conhecido ao estrear no cinema em Madame Satã (2002). De lá para cá, foram mais de duas dezenas de longas-metragens.
Na TV, Bauraqui fez novelas tais como Paraíso Tropical (2007) e Meu Pedacinho de Chão (2014). Seus mais recentes trabalhos foram as séries Segunda Chamada (2019), da Globo, e Arcanjo Renegado (2020), da Globoplay, que ganharão segunda temporada este ano.