A cantora Lizzo está sendo processada por três ex-dançarinas acusada de submetê-las a ambiente de trabalho hostil, discriminação racial e religiosa, gordofobia e assédio sexual - incluindo pressioná-las a contato lésbico.
Apresentada na terça-feira 1º, em um tribunal de Los Angeles, a queixa de Arianna Davis, Crystal Williams e Noelle Rodriguez também cita a produtora da artista, a Big Grrrl Big Touring, Inc., e uma pessoa descrita como "capitã do elenco de dança" como rés.
Uma das alegações cita que Lizzo levou, em fevereiro, os dançarinos para ver um show de sexo no Distrito da Luz Vermelha, região turística de prostituição em Amsterdã.
"Lizzo começou a convidar os membros do elenco para se revezar tocando as artistas nuas, pegando consolos lançados das vaginas das artistas e comendo bananas saindo das vaginas das artistas", diz trecho do processo.
"Lizzo então voltou sua atenção para a Sra. Davis e começou a pressioná-la a tocar os seios de uma das mulheres nuas que se apresentavam no clube", prossegue o documento.
A cantora, então, teria começado um canto "incitando" a bailarina a tocar a mulher. Davis acabou concordando em tocar, mesmo tendo tido inúmeras vezes que não queria, para que todos parassem de cantar constrangendo-a.
Outra denunciante afirma que Lizzo expressou preocupações "veladamente" sobre seu "ganho de peso" fazendo-a se sentir pressionada a explicar os quilos obtidos e a divulgar detalhes pessoais íntimos para conseguir manter o emprego.
O processo também alega que Shirlene Quigley, a capitã do time de dança de Lizzo, forçou suas crenças religiosas e realizou repetidas ações que as deixaram desconfortáveis, inclusive comentando sobre sua virgindade sexual e simulando sexo oral em uma banana na frente delas.
Outra alegação cita um contador que teria discriminado dançarinos negros e sido gordofóbico.
A artista não se pronunciou sobre o processo.
Lizzo, nome artístico de Melissa VIviane Jefferson, tem 35 anos e estourou em 2016 com a faixa Good As Hell. A versão deluxe de Cuz I Love You foi indicada ao Grammy de melhor álbum de 2020 - ano em que ela ganhou três estatuetas. Lizzo é ativista do chamado "corpo positivo", que enaltece corpos fora dos padrões tradicionais de beleza.
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