Morreu na terça-feira 18, aos 73 anos, o jornalista Andre Leon Talley.
Ele vivia na cidade de White Plans, no Estado de Nova York, e sofreu um ataque cardíaco por complicações da covid-19.
Muito querido no meio da moda, Talley foi editor-chefe da prestigiada revista Vogue dentre seus 50 anos de carreira dedicada ao assunto.
Na vida pessoal, apesar de ser constantemente denominado como gay, o jornalista rejeitava essa classificação e chegou a se definir como "fluido", sinônimo para bissexual.
Em entrevista à Vanity Fair, em 2013, Talley afirmou que não gostava do "rótulo" de gay e que embora tenha tido "muitas experiências gays", nunca havia ido para a cama com nenhum estilista.
Ele afirmou nunca ter se apaixonado por um homem e que só teve relacionamento com duas mulheres.
Uma foi uma colega na universidade e outra uma mulher da sociedade por quem se envolveu após dançarem juntos em um clube de Manhattan, em Nova York.
Em 2018, ao Wendy Williams Show, Talley foi questionado sobre o assunto. "Não, não sou heterossexual. Estou dizendo que sou fluido em minha sexualidade, querida", disse.
Nascido na capital norte-americana, Washington D.C., Talley foi criado pela avó no Estado da Carolina do Norte, estudou literatura francesa e trabalhou no Museu Metropolitano de Arte de Nova York, em 1974.
Além da Vogue, onde fez amizade com a poderosa Anna Wintour, ele trabalhou em publicações como Women's Wear Daily, Vanity Fair e Interview.
Talley foi um dos nomes que ajudou a colocar mais modelos negras nas passarelas e se tornou próximo de grandes estilistas, tais como Karl Lagerfeld, Yves Saint Laurent e Paloma Picasso.
"Você me defendeu e você tem sido meu amigo desde o meu começo. Você e suas paixões eram maiores que a vida", homenageou o estilista Marc Jacobs.
Para a também estilista Diane von Furstenberg, ninguém "era mais grandioso e com mais alma" do que Talley. "O mundo será menos alegre."