Há três semanas a CNN passou a ser comandada por uma jornalista casada com mulher. Seu nome: Renata Afonso.
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A nova CEO do canal de notícias substituiu Douglas Tavalaro, que trouxe a prestigiada marca norte-americana ao Brasil março de 2020 e deixou o canal no mês passado.
O nome da executiva, que deixou a TV Tem, afiliada da TV Globo no interior de São Paulo, surpreendeu o mercado quando anunciado, já que vários homens eram cogitadoss para a função.
Segundo o Notícias da TV, logo nas primeiras reuniões, Renata frisou "que é uma mulher, casada com outra mulher, tem parentes negros e que não tolera qualquer tipo de preconceito".
À publicação, Renata, que agora comanda uma empresa com 800 funcionários, afirmou que como gestora tem obrigação "com os negros da equipe, com os homossexuais da equipe, com as pessoas de outros Estados, que no jornalismo há preconceito muitas vezes com sotaques diferentes".
A CEO se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e afirmou que não vê apoio do governo ao canal.
"Qualquer apoio, do presidente ou de qualquer governo, será bem-vindo porque queremos ser reconhecidos como imparciais. Ter apoio tanto da oposição, quanto do governo, vejo isso com bons olhos. Significa que estamos fazendo um jornalismo sério."
"Estranho seria se eu tivesse apoio só de um dos lados, aí eu ficaria um pouco mais receosa e preocupada. Quando a gente tem um canal que todo mundo dá entrevista, [as pessoas] se sentem confortáveis diante do microfone da CNN, isso pra mim é só motivo de orgulho."
Sobre vários contratados que estão fora do ar - como Phelipe Siani, Gloria Vanique, Caio Coppolla e Rita Lisauskas - Renata diz que eles poderão ser aproveitados em novos projetos. "Alguns deles farão parte do movimento de expansão da CNN."