Perez Hilton se arrepende de ter tirado famosos gays do armário

Blogueiro lançou autobiografia em que faz 'mea culpa' sobre atitudes do passado

Publicado em 07/10/2020
Perez Hilton se arrepende de tirar gays do armário
'Tenho uma tonelada de arrependimentos', escreve Hilton em livro ainda sem edição em português

Um dos "fofoqueiros" mais famosos do mundo, Perez Hilton se arrependeu de alguns atos do passado, como o de tirar celebridades do armário.

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Em sua autobiografia TMI: My Life in Scandal (TMI: Minha vida em escândalo, em tradução livre), ainda sem edição em português, o blogueiro, de 42 anos, lembra de quando recebeu ameaças de morte por revelar a sexualidade do cantor Clay Aiken.

"Lamento por ter pensado que era ok 'forçar' celebridades gays para fora do armário. Isso é algo em que não acredito mais", escreve, segundo a BBC News Brasil.

Hilton conta que percebeu a toxicidade de seu comportamento ao participar da campanha It Gets Better, lançada pelo ativista Dan Savage, em 2010.

A campanha tinha como foco o suicídio de adolescentes LGBT que tentavam (e muitos conseguiam) tirar a própria vida após serem alvo de bullying por conta de sua orientação sexual ou identidade de gênero.

"A resposta que recebi realmente me abalou profundamente", explica ele. "Quase todos os comentários diziam: 'Você é um hipócrita, você é um bully, você é parte do problema.' Eu sabia que muitas pessoas não gostavam de mim antes, mas eu estava vivendo em minha própria bolha."

O blogueiro também se arrepende de ter atacado famosos por motivos diversos. Em 2010, por exemplo, ele promoveu campanha contra Christina Aguilera, a chamando de "fracassada" diversas vezes para prejudicá-la e ajudar Lady Gaga, sua amiga.

"Tenho uma tonelada de arrependimentos, principalmente porque agora vejo que nunca deveria ser tão mesquinho ou cruel", escreve ele. "Uma das muitas coisas de que me arrependo é ter magoado tantas pessoas ao dar-lhes apelidos desagradáveis e, acima de tudo, fui indelicado com os filhos de celebridades."

"Nos últimos 10 anos, tem sido esse processo contínuo de fazer mudanças constantes, descobrir qual é o caminho e cometer erros ao longo do caminho. Não sou perfeito, tive deslizes, mesmo nos últimos 10 anos."

"E tem havido uma grande variedade de mudanças - desde não expor as pessoas a não desenhar mais rabiscos inadequados nas fotos e não usar apelidos desagradáveis. Não compartilho mais fotos de pessoas sofrendo ao sair de um funeral ou fora de um hospital quando um ente querido está doente. Você pode fazer o seu trabalho e ter uma opinião forte, mas não seja ofensiva ou cruel. "


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