O repórter Fabio Turci, da TV Globo de São Paulo, mostrou-se aliado à causa LGBT e tem sido alvo de rejeição por isso.
Curta o Guia Gay Brasilia no Facebook
Em sua página no Instagram, o jornalista postou gráfico que anota queda em seu número de seguidores no domingo 28.
Turci concluiu que pessoas deixaram de segui-lo porque ele postou bandeira e homenagem à comunidade arco-íris no Dia Internacional do Orgulho LGBT.
O jornalista fez grande reflexão sobre o fato e reafirmou que não vai deixar de falar do tema nem de defender LGBT.
"O que pensar dessa reação de seguidores? Certamente uma parte pensou: 'xi, ele é gay'. Explico sempre que não sou gay - não para reafirmar minha masculinidade (Freud explica sobre quem tem essa necessidade), mas para ajudar a espalhar a mensagem de que não é preciso ser gay para se juntar à luta das pessoas LGBT (assim como não é preciso ser negro para lutar contra o racismo)", escreveu o jornalista.
E continuou: "Quem pensa 'xi, ele é gay' não apenas deixa de seguir alguém nas redes sociais. Essas pessoas também são aquelas que vão selecionar outro candidato para a vaga de emprego, fazer piadinhas ofensivas, reprimir o(a) próprio(a) filho(a) para que 'se comporte direito'."
"No limite, nesse grupo, está quem vai assassinar pessoas LGBTs porque... elas são LGBTs. É por causa dessas pessoas que existe um 'Dia do Orgulho LGBT'. E já respondo: não existe um 'Dia do Orgulho Hétero' porque não é preciso lutar pela sobrevivência e pelo respeito aos heterossexuais. Os héteros estão nas posições de poder, privilegiando outros héteros - como eu."
"Outra parte dos meus agora ex-seguidores talvez não tenha pensado que sou gay. Apenas não gosta da discussão. Pensou: 'essa chatice de novo? Ideologia de gênero?'. "
"Eu lamento que muita gente ainda acredite que o simples diálogo possa 'influenciar' crianças, fazê-las 'virarem' gays - quando, na verdade, há pessoas que nos cercam que têm a homossexualidade, bissexualidade, transgeneridade duramente reprimidas pela família, pelos amigos, pelos colegas de trabalho, vivem sufocadas e podem estar a um passo de acabar com essa angústia tirando a própria vida."
"E você, fujão, é responsável por isso. Da minha parte, ao lado do gráfico, publico, de novo, a foto da bandeira. Vai ter mais gente deixando de me seguir? Que elas saibam que não sou eu que estão prejudicando, mas que, perto delas, alguém está observando e sendo suicidado aos poucos. #orgulholgbt."