Viúvo do ator Ney Latorraca (1944-2014), o diretor teatral Edi Botelho herdou carro, joias, linhas telefônicas e todos os seus objetos pessoais.
O Notícias da TV teve acesso ao processo que corre na 5ª Vara de Órfãos e Sucessões da Comarca da Capital, no Rio de Janeiro. Botelho foi designado pelo próprio Ney como inventariante dos bens.
Os três imóveis possuídos pelo ator foram distribuídos a entidades.
Seu apartamento na região central de São Paulo foi deixado para o Gapa (Grupo de Apoio e Prevenção à Aids), que fica em Santos, no litoral paulista. Essa foi a primeira ONG voltada a este tema no Brasil e criada em 1985.
Um apartamento no Rio de Janeiro ficou para a Instituição Leprosário Campo Grande (MS), que também receberá cotas da Latorraca Produções Artísticas, fundada pelo ator.
A casa que ele possuía em Copacabana, também no Rio, irá para a Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR).
Já sua poupança e fundos de investimentos serão destinados ao Retiro dos Artistas, na capital fluminense.
Ney e Edi mantinham união estável desde 1995.
Pela lei brasileira, 50% da herança deve ir obrigatoriamente para herdeiros necessários - cônjuge, filhos e descendentes.
Não foi informado pela reportagem se o diretor teatral abriu mão de metade da herança, já que ele tinha direito, ou se os bens que ele herdou já correspondem à metade do patrimônio.
