Aplicativo de encontros entre gays mais acessado no mundo, o Grindr teve uma falha importante relatada.
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O site Queer Europe usou um outro app, chamado F*ckr, e conseguiu fazer a trilateração - processo que por meio de três pontos descobre a localização do usuário, parecido com que fazem os sistemas de GPS.
Além de saber o ponto exato onde a pessoa está, conseguiu-se ter acesso a dados íntimos e pessoais do usuário, como o status de HIV, posição sexual e "tribo" a que pertence, mesmo se ele não tiver compartilhado essas informações.
"Depois que as vulnerabilidades de segurança foram reveladas em 2014, o Grindr desativou a função de distância em alguns países homofóbicos, como Rússia, Nigéria, Egito, Iraque e Arábia Saudita", disse o site.
"No entanto, ainda é possível localizar usuários em muitos outros países, como Argélia, Turquia, Bielorrússia, Etiópia, Catar, Abu Dhabi, Omã, Azerbaijão, China, Malásia e Indonésia."
Esses paises foram citados porque são lugares em que gays não são bem aceitos (ou são totalmente excluídos) da sociedade e até criminalizados.
Ainda assim, em qualquer parte do mundo, mesmo em países amistosos aos homossexuais, os usuários podem ser alvos de chantagem, por exemplo, de pessoas mal-intencionadas que tenham acesso a seus dados.
Falhas de segurança têm sido relatadas frequentemente no Grindr. No início deste ano, outro app, chamado C*ckblocked, também permitia o acesso a dados dos usuários do aplicativo gay.
Em seu perfil no Twitter, o site mostrou, em vídeo, como é fácil acessar os dados dos usuários:
Applications designed to locate Grindr users are publicly available online, and give anyone access to a virtual map on which you can travel from city to city, and from country to country, while seeing the exact location of cruising men that share their distance online. pic.twitter.com/0IumD6laAE
— Queer Europe ??? (@QueerEurope) September 13, 2018